Biografia – a trajetória do presidente Ernani Polo
Escolhido como presidente da Assembleia Legislativa para 2020, Ernani Polo (Progressistas), 45 anos, passa a ser o segundo na linha sucessória do governo do Estado. À frente do Legislativo, onde representará o conjunto de 55 deputados, ele terá como meta intensificar projetos que ajudem a destravar o ambiente de negócios e investimentos no Rio Grande do Sul, tornando-o mais competitivo na comparação com os demais Estados. Será mantido o programa CresceRS, lançado no ano passado pelo então presidente da Assembleia, Luis Augusto Lara (PTB), para monitorar grandes projetos para o desenvolvimento gaúcho.
A trajetória de Ernani Polo
Natural de Ijuí, Polo foi criado no município vizinho de Santo Augusto, na região Noroeste. Filho de Alvorindo e Iracer, aprendeu com o pai as lidas do campo na pequena propriedade rural da família ao lado dos irmãos Ângela, Andréia e Flávio. Posteriormente, tornou-se técnico em contabilidade e se formou em Direito pela Ulbra. Casado com Alessandra Polo, é pai de Maria Eduarda e Eduardo.
O interesse pela política surgiu em casa. O pai foi prefeito de Santo Augusto duas vezes e a mãe, vice-prefeita da cidade. Em 2000, Ernani foi eleito vereador na Câmara local. Proporcionalmente, foi o mais votado do RS. No ano seguinte, tornou-se presidente da Câmara Municipal e chegou a assumir interinamente como prefeito. Em 2002, foi vice-presidente da União dos Vereadores do Rio Grande do Sul.
Em 2010, disputou pela primeira vez uma cadeira na Assembleia Legislativa pelo PP, fazendo 38.767 votos. Ficou na suplência, mas assumiu a cadeira em dezembro do ano seguinte. Durante o primeiro mandato, presidiu a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo – em que comandou o projeto Radiografia da Agropecuária Gaúcha –, coordenou as Frentes Parlamentares em Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica e Telefonia e também das Pessoas com Deficiência, além de ter criado e presidido a CPI da Telefonia. No ano seguinte, foi escolhido como secretário-geral do partido no Estado.
Em 2014, foi reeleito com 57.427 votos, sendo o 10º deputado mais votado do Estado. Nesse mandato, foi presidente da Comissão de Ética e integrou as Comissões de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo; de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia; de Participação Legislativa Popular e também foi membro da comissão sobre dívidas dos Estados com a União e presidente da Comissão Especial sobre telefonia, da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).
Em 2015, assumiu a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação no governo de José Ivo Sartori (MDB), em que desenvolveu diversas ações em favor do setor primário gaúcho, beneficiando toda a população gaúcha, como o Agro+RS, o Conservar para Produzir Melhor, o Pró-Oliva, o Pró-Pecã, o marco legal das florestas plantadas, a Lei do Leite, o licenciamento de silos e armazéns, a simplificação das normas de irrigação, o prazo do exame do mormo, entre outras. Em 2017, foi escolhido presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Agricultura (Conseagri).
Reassumiu a cadeira de deputado estadual na Assembleia Legislativa em 2018, ano em que garantiu o terceiro mandato com 67.248 votos, sendo o 8º deputado mais votado do RS.
Entre os projetos recentemente estão o que modifica a forma de recolhimento do ICMS para serviços como energia elétrica e telefonia. Com a lei, o imposto pago pelo consumidor será creditado diretamente em favor do Estado. Outra iniciativa, autorizada pelo governador Eduardo Leite (PSDB), é permitir à John Deere a construção do chamado contorno de Horizontina, um trecho de sete quilômetros que desviará do centro da cidade o tráfego de cerca de 200 caminhões pesados que transportam matéria-prima e máquinas.
Também tramita na Assembleia o projeto de lei que regulamenta o processo administrativo em âmbito estadual. O Rio Grande do Sul é um dos poucos que ainda não regulou a matéria. Outra meta do mandato é criar um fundo para garantir recursos de parte da venda de estatais para acessos asfálticos e recuperação de rodovias. Polo também busca incentivar a apresentação de leis de Liberdade Econômica nos municípios gaúchos, nos moldes das legislações federal e estadual. O texto aprovado por Esteio, no Vale do Sinos, é avaliado e pode ser usado como modelo para que a legislação seja utilizada de forma unificada pelos municípios.