
Audiência pública debate situação do mormo no Estado
A Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo (CAPC) da Assembleia promoveu audiência pública, na manhã desta quinta-feira, para tratar sobre a atual situação do mormo no Estado, visando nivelar informações e dialogar sobre estratégias na busca do equilíbrio entre efetivação da sanidade animal equina, proteção da saúde humana e o respeito as manifestações culturais.
O deputado Ernani Polo, que é o vice-presidente da CAPC, destacou que é fundamental que o Rio Grande do Sul venha a se tornar um estado livre de mormo, sem a necessidade de exame: “Precisamos trabalhar para a evolução do nosso status sanitário animal, pois este setor, além de ter uma importância de cunho cultural, também é gerador emprego e renda, portanto, merece toda a atenção dos órgãos responsáveis”, destacou.
Durante a gestão do deputado Ernani Polo à frente da Secretaria Estadual da Agricultura, foi viabilizada a ampliação do prazo do exame de mormo de 60 para 180 dias, para fins de trânsito de equinos, entre outras ações em prol da evolução do status sanitário. Já no Parlamento, o deputado criou a Frente Parlamentar em Apoio ao Avanço do Status Sanitário do RS, com o objetivo de fazer uma interlocução entre entidades, governos federal e estadual e Câmara Federal, para avançar neste sentido.
Os representantes do Ministério e da Secretaria de Agricultura apresentaram projetos técnicos de um plano de vigilância que está sendo realizado para garantir o avanço da condição sanitária. De acordo com os técnicos, o principal desafio é o controle do trânsito de animais.
Como encaminhamento da audiência, a Comissão irá levar ao Ministério da Agricultura, à Secretaria Estadual da Agricultura e ao governador do Estado um documento com todas as informações levantadas a respeito da atual situação do Rs nesta questão.
O Mormo é uma doença infectocontagiosa que acomete equídeos causada por uma bactéria. A enfermidade pode ser transmitida a outros animais e também ao ser humano. O controle passa por isolamento da área, sacrifício dos animais contaminados e controle do trânsito de animais.
Estavam presentes os representantes do MAPA, Luiz Otávio Amaro, da Secretaria da Agricultura, Gustavo Dhiel, do Conselho Regional de Medicina Veterinária (Simvet), João Pereira Jr., da Famurs, Ismael Horbach, deputados e entidades relacionadas ao setor.