No dia da indústria, governo do RS assina sete…
Solenidade aconteceu na sala da Presidência da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul
Para celebrar o dia da indústria, comemorado no dia 25 de maio, o Governo do RS, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RS (Sedec), realizou assinatura de contratos que disponibilizarão de R$ 293,6 milhões de incentivos para um lote de sete indústrias gaúchas. A cerimônia ocorreu na quinta-feira (25), às 11h30min, na sala da Presidência da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), zona Norte de Porto Alegre. O ato formalizou a validação de dois protocolos de intenção, que somaram R$ 266 milhões, e cinco termos de ajuste de adesão ao programa, um total de R$ 27,6 milhões, com geração de 62 vagas diretas de trabalho.
Os dois protocolos de intenção foram assinados pelas empresas Olfar, onde o programa está viabilizando o projeto de R$ 262 milhões para implantação de uma planta produtiva 4.0 de derivados do grão de soja em três unidades localizadas em Erechim, e pelo Grupo K1, que deve ter o projeto de R$ 4 milhões contemplado pelo programa para expansão da produção de colchões e estofados nas unidades localizadas em Tupandi e Sapucaia do Sul.
Os cinco termos de ajuste, etapa que implementa o incentivo do Fundopem para início da fruição do auxílio à empresa, foram concedidos às indústrias Bebidas Chucky Ltda, do município de Santa Cruz do Sul, setor de bebidas, com benefício R$ 3, 6 milhões, Bigfer Indústria e Comércio de Ferragens Ltda, no município de Farroupilha, setor de petroquímica, plásticos e borrachas, com incentivo de R$ 6,4 milhões, Madeireira Haas Ltda, do município de Venâncio Aires, setor de madeira, celulose e imóveis, com incentivo de R$ 15, 9 milhões, Multicolor Indústria e Comércio de Pigmentos Ltda, do município de Farroupilha, do setor químico, com o incentivo de R$ 530 mil, e Sorvebom Industrial Ltda, do município de Lajeado, setor de alimentos, com benefício de R$ 1 milhão.
O secretário da Sedec, Ernani Polo, ressaltou a desburocratização dos processos para inscrição e aprovação dos benefícios via Fundopem, uma ferramenta efetiva e eficaz que otimizou o andamento das fases para que o incentivo governamental seja disponibilizado o mais rápido ao industrial. “Quero saudar os empreendedores, destacar a relevância das respectivas produções e reiterar o esforço que o governo vem fazendo, com a ajuda da Assembleia Legislativa e de entidades como a Fiergs, para melhorar as condições de trabalho e construir um ambiente mis fértil e mais acolhedor”, pontuou. Polo acrescentou que o apoio do governador Eduardo Leite, e também do vice Gabriel Souza, em prol do segmento, salientando que o desenvolvimento econômico é uma das metas do segundo mandato de Leite à frente do Estado.
O presidente da Assembleia Legislativa do RS, Vilmar Zanchin, ressaltou a eficiência do funcionamento do Fundopem e garantiu suporte dos parlamentares. “Podem contar com a Assembleia no que for preciso para melhorar ou agilizar os processos em operação pelo Fundopem”, reforçou.
O presidente da Fiergs, Gilberto Petry, enfatizou a importância de ter o Estado como um incentivador das indústrias. “O governo e a iniciativa privada precisam andar juntos para alavancar o crescimento o setor industrial do Estado, que representa 23,2% do PIB gaúcho e se reflete da geração direta de renda e de empregos”, assinalou.
Participaram os representantes das indústrias, Samile Weschenfelder, da Olfar, Celso Theisen, do Grupo K1, Geraldo Alexandrini, Grupo Bigfer, Sérgio Schuk,, Bebidas Schuck, Júnior Haas, da Madereira Haas,Tiago Avrela, da Multicolor, e Tassia, Eckahardt, da Sorvebom. O diretor-geral adjunto da Sedec, Roger Pozzi, o diretor do Sistema Estadual para Atração e Desenvolvimento de Atividades Produtivas (Seadap), Gustavo Rech, e o diretor do Departamento de Promoção Comercial e Assuntos Internacionais (DPCI), Evaldo da Silva Júnior, acompanharam a solenidade.
Mais de R$ 10 bilhões em investimentos na última década
Nos últimos 10 anos, o Fundopem incentivou 449 projetos de indústrias que implantaram unidade ou expandiram a atividade industrial no Rio Grande do Sul.A viabilização desses projetos pelo Fundopem permitiu a realização do investimento total de R$ 10,1 bilhões.
Atualmente, as empresas incentivadas somam 26 mil empregados a mais do que havia antes da adesão ao projeto. Essa quantidade corresponde à efetiva geração de 198% dos empregos previstos inicialmente pelas indústrias.
O setor com mais projetos incentivados foi o petroquímico, plástico e borracha com 60 empreendimentos, seguido pelo metalmecânico com 55 e pelo de madeira, celulose e móveis com 50.
Caxias do Sul (36) e Erechim (19) são os municípios com mais projetos implementados pelo Fundopem.
Quanto ao tamanho das empresas incentivadas, as indústrias de médio apresentaram 60% dos projetos. As grandes, com faturamento acima de R$ 300 milhões por ano, abrangem 17% e as pequenas e micro empresas atingiram 23% dos empreendimentos.
O diretor do Sistema Estadual para Atração e Desenvolvimento de Atividades Produtivas (Seadap), Gustavo Rech, avalia os números alcançados pelo programa. “Na operacionalização dos programas da Sedec, percebo que vem aumentando a confiança dos empresários em acessar os incentivos como meio de auxílio para o crescimento da sua empresa, as melhorias feitas em 2021 e uma divulgação maior estão atraindo mais investimentos que estavam ‘engavetados’ em razão da pandemia”, esclareceu. Rech ainda lembrou que, em 2022, o programa atingiu uma marca elevada de 107 projetos aprovados com investimento total previsto de R$ 1,7 bilhões e que a projeção para o ano de 2023 é chegar à quantidade superior a 140 projetos com mais de R$ 2 bilhões em investimentos.
Sobre o Fundopem
O Fundopem é um instrumento de parceria, do Governo do Estado com a iniciativa privada, visando à promoção do desenvolvimento socioeconômico, integrado e sustentável do Rio Grande do Sul. O Fundopem não libera recursos financeiros para o empreendimento incentivado. Este empreendimento é apoiado por intermédio do financiamento parcial do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incremental mensal devido gerado a partir da sua operação. O programa opera nas modalidades Tradicional, que compreende o financiamento parcial do ICMS incremental, com posterior abatimento após período de carência, e a modalidade Express, que permite a apropriação direta do ICMS incremental via crédito presumido.
Dados da indústria
Levantamento do departamento de Economia da Sedec indicam que entre as 14 atividades da indústria de transformação, os principais destaques positivos no ano de 2022 vieram das indústrias de máquinas e equipamentos (+12,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (15,3%) e Produtos do fumo (+11,4%). Alimentos foi a atividade que mais ganhou participação na indústria do Estado: aumentou 6.6 % entre 2010 e 2020.
Já o total de emprego na indústria de transformação RS foi de 617.476 mil em 2022, o que corresponde a 20,88% de todos postos de trabalho formais do Estado
As principais áreas produtivas do RS estão no eixo Porto Alegre-Caxias do Sul polariza os segmentos produtivos em sua grande parte. No ano de 2019, cinco municípios desse eixo – Caxias do Sul, Canoas, Porto Alegre, Gravataí e Triunfo – responderam por 30,7% do valor acrescentado bruto industrial (VAB) do Estado, principalmente na Indústria de Transformação. Alguns segmentos, como o de produtos alimentares, apresentam um grau de dispersão maior pelo território gaúcho. Individualmente, pode-se destacar:
Alimentos: Lajeado, Erechim, Caxias do Sul, Pelotas e Passo Fundo
Bebidas: Flores da Cunha, Caxias do Sul e Bento Gonçalves, Porto Alegre
Produtos do Fumo: Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires
Têxteis: Novo Hamburgo, Caxias do Sul e Porto Alegre
Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios: Porto Alegre, Caxias do Sul, Farroupilha e Guaporé
Couros e Calçados: Novo Hamburgo e Sapiranga
Móveis: Bento Gonçalves e Caxias do Sul
Produtos de madeira: Caxias do Sul e São Francisco de Paula
Celulose, papel e produtos de papel: Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Porto Alegre e Guaíba
POR TAÍS TEIXEIRA-ASCOM/SEDEC